Scooter elétrica ou e-bike: guia para escolher a melhor
O uso de bicicletas e scooters tem transformado as ruas brasileiras nos últimos anos, especialmente em grandes cidades. Segundo o boletim anual de 2024 da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), as bikes elétricas saltaram de 7.600 para 230 mil entre 2016 e 2023. Com as opções aumentando, o consumidor pode ficar em dúvida sobre qual a melhor escolha para cada tipo de uso.
Portanto, Bruno Affonso, diretor e cofundador da Onn, marca do Grupo Lev focada em scooters elétricas para uso urbano, listou as principais diferenças entre bikes elétricas e scooters.
Qual a melhor opção?
Tanto a e-bike quanto a scooter elétrica oferecem uma economia significativa em comparação ao uso de outros veículos. A principal vantagem está no fato de que não utilizam combustível.
As bicicletas elétricas combinam o pedal assistido com o motor elétrico, reduzindo o esforço físico e os custos. Já as scooters funcionam de forma totalmente elétrica, oferecendo agilidade sem depender de esforço.
Além disso, esses modais não geram despesas com IPVA, licenciamento e, no caso das scooters de até 32 km/h, não exigem CNH nem seguro obrigatório.
A manutenção também é mais simples: sem motor a combustão ou troca de óleo, os cuidados se concentram em itens como freios, pneus e bateria.
“Quando colocamos tudo na ponta do lápis, o custo-benefício é muito favorável, especialmente para quem usa o veículo com frequência”, enfatiza Bruno.
Percurso ideal para scooter ou e-bike
Para quem busca praticidade na rotina, tanto a e-bike quanto a scooter elétrica oferecem soluções eficientes que ajudam a evitar atrasos e imprevistos comuns no transporte tradicional.
Com autonomia suficiente para trajetos urbanos e recarga fácil, muitas vezes feita em casa ou no trabalho, esses veículos são ideais para deslocamentos diários.
Mobilidade ativa vs. motorizada leve
Outro ponto importante a ser considerado é se há preferência por atividade física ou não. As bicicletas elétricas possuem pedal assistido e uma boa autonomia, que pode durar até cerca de 40 km dependendo do modelo. Ainda assim, a ajuda elétrica não tira totalmente a necessidade de pedalar.
Já as scooters são inteiramente motorizadas e não requerem qualquer esforço físico. “Costumam ser uma boa opção para quem quer um foco maior em agilidade, sem a parte do exercício”, comenta o diretor da Onn.
Motores de até 1000 W possuem autonomia de até 60 km. Modelos como o Onn, N1, também contam com um sistema de freios a disco, display, iluminação LED e bateria removível recarregável.
Onde posso carregar scoorter ou e-bike?
A região de uso também impacta na decisão. “Locais com uma boa rede de ciclovias são favoráveis às bicicletas. Já as scooters podem circular nas ruas, exceto vias expressas, mesmo sem a exigência de CNH, uma vez que não ultrapassem a velocidade de 32 km/h”, explica Affonso.
Por outro lado, scooters são mais robustas e podem exigir maior espaço de armazenamento. Isso faz com que as possibilidades de cada pessoa seja bastante variável. Há bikes em que a bateria é escamoteável. Ou seja, você carrega no escritório ou em casa.
No caso da scoorter é necessário recorrer a um ponto de tomada.
Perfis de uso
“De forma geral, as duas opções podem ser utilizadas de muitas maneiras parecidas e trazem benefícios similares”, diz Bruno. Por exemplo, quem prefere deslocamentos rápidos, pode se dar melhor com scooters. Já quem gosta de se movimentar, inclusive em trajetos curtos, pode usar as bicicletas elétricas também como lazer.
O tempo de autonomia e de recarga é outro ponto que depende da disponibilidade do usuário. Em alguns casos, um limite de autonomia pode ser fundamental, enquanto em outros, é mais flexível.
Além disso, vale lembrar que, em caso de descarregamento da bateria, as bicicletas ainda podem ser utilizadas, o que não ocorre com as scooters.
“Na prática, a escolha deve ser feita de acordo com o estilo de vida e as prioridades de quem vai usar o veículo. Quem busca se manter ativo e quer aproveitar ciclovias pode preferir a bicicleta elétrica, e quem valoriza rapidez, conforto e menor esforço físico tende a se beneficiar mais com a scooter. O que não muda é que ambas são formas inteligentes de se mover pela cidade”, finaliza.